A utilização da geografia é bastante antiga, alguns teóricos como Tales, Heródoto e Hipócrates já se utilizavam dos conhecimentos geográficos em seus conceitos e teorias demonstrando que não eram alheios a sua utilização, porém a aplicabilidade do termo geografia surgiu com Claudio Pitolomeu no final do século XVIII. Nesse período, não se era possível falar do conhecimento da geografia em si como algo já padronizado. A sistematização desse conhecimento geográfico só ocorreu mesmo no início do século XIX.
A geografia teve sua efusão durante a transição do regime feudal para o capitalismo. A burguesia, para expandir o comércio teria que ter conhecimento acerca da terra, ou seja, teria de explorar para tentar descobrir novos caminhos, novos continentes pois só dessa maneira, a sua área de comércio teria um crescimento considerável e, para o capitalismo, quem pode é quem tem mais dinheiro. Essa luta desenfreada por novos caminhos para as índias proporcionou um conhecimento extenso e real da terra.
A sistematização da geografia trouxe também a existência de relatórios contendo informações a respeito de diversos lugares da terra. Esse levantamento da realidade local de cada ambiente descoberto possibilitou uma reflexão geográfica sólida. Outro fato que essa geografia unitária trouxe foi o aprimoramento da cartografia, o instrumento mais utilizado pelos geógrafos.
A valorização do tema geografia partiu das correspondências nos planos geográfico e científico abordados durante as transformações políticas e econômicas. As correntes filosóficas do século XVIII propunha uma explicação abrangente do mundo buscando a explicação de todos os fenômenos do real. Esses acontecimentos da sistematização da geografia forneceram todo patamar imediato da legitimação científica dessa disciplina.
REFERÊNCIAS
MORAES, Antônio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. 14 ed. São Paulo, Hucitec, 1995.
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