No início de minha vida estudantil sempre sofri uma especie de bullying pelo fato de não querer participar das festividades juninas organizada pela escola. Por ser uma criança atuante nas atividades culturais, meus professores não se contentavam em me ver inativo nesse período e eu não os culpo por isso, pois me amavam, gostavam do que eu fazia e sempre torceram e acreditaram no meu sucesso, o faziam na inocência com relação a minha regra de fé e prática. Não estou pretendendo nessas polcas linhas trazer até vocês uma análise histórica e teológica a esse respeito, até porque já existem muitos estudos maravilhosos de renomados teólogos a esse respeito espalhados na rede, apenas quero repassar para vocês um pequeno testemunho de como o Senhor me usou para dar uma resposta sábia, mesmo com pouca experiência, à queles professores tão queridos e a meus colegas sobre o porquê dos evangélicos sinceros não participarem diretamente das festividades alusivas ao "são joão".
Muitos evangélicos quando questionados a esse respeito lançam mão de respostas vagas e sem fundamento do tipo "a minha religião não permite" ou "o pastor não deixa!" jogando para as instituições religiosas ou seus lideres espirituais toda a responsabilidade de dizerem o que "devem ou não fazer", ou onde "devem ou não ir". Abomino esse tipo de atitude porque Deus nos concedeu a liberdade por intermédio de Jesus Cristo para que pudéssemos agir com sabedoria e prudência e não porque o pastor mandou fazer isso ou aquilo, mas porque temos a liberdade de conhecer o coração de Deus e saber até onde podemos ir e o que devemos ou não fazer. Se ainda não está sabendo de algo estude, pergunte a alguém que saiba, se ainda assim a duvida perdurar pergunte ao Espírito Santo ou procure na Bíblia, ela ainda se constitui na bússola para guiar aqueles que querem trilhar pelo caminho da sabedoria. Foi isso que fiz!
Angustiado com as acusações que teciam sobre a minha igreja e minha fé, orei ao Senhor pedindo uma oportunidade para mostrar a eles o porquê de minha recusa e Deus me mostrou o caminho.
Minha professora de História solicitou a turma que se reunisse em grupos iguais para a realização de uma pesquisa sobre a festa junina, sua origem, de onde vieram as danças e as comidas típicas. Depois do trabalho pronto, o grupo deveria apresentar os resultados para a turma através de música, palestras, amostras ou poesia, ia depender da criatividade de cada grupo. na minha turma haviam apenas quatro evangélicos e adivinha quem foram os felizardos que caíram no meu grupo? Exatamente os quatro. Entendi aquilo como a resposta do Senhor as minhas orações.
Munidos de bíblias de estudos, livros de história e com o auxílio da internet preparamos um relatório onde provávamos claramente a origem pagã e não cristã das festas juninas. No dia das apresentações pedi para que ficássemos por ultimo; sabia que depois da nossa apresentação não haveria mais clima para os outros apresentarem. Depois de muitas explanações superficiais, fantasiosas e sem embasamento histórico que faziam menção a João Batista como o santo homenageado nesse período; sobre o tema " Por que os Evangélicos não participam das festas juninas" colocamos por terra todas aquelas teorias provando que essa festa nada mais é do que uma homenagem a Herodes pela passagem de seu aniversário e que o pobre João batista teve sua cabeça entregue numa bandeja nessa maldita festa. Na 2ª parte dessa postagem darei detalhes sobre esse assunto e terminarei dizendo quanto tiramos nesse trabalho tão ousado!
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