Olha pessoal, esse foi o projeto que utilizei para um de meus estágios na faculdade. Foi muito bom desenvolve-lo na sala de aula do 4º ano na escola Francisco Francelino de Moura. Se você estiver a procura de um tema poderá se espelhar nesse. Aproveitem!
JUSTIFICATIVA
Tendo em vista o que observei na
sala de aula onde irei praticar a docência, cheguei à conclusão de que a
carência aponta para a falta de criatividade nas aulas do ensino da arte. Isso
ficou claro no próprio discurso da professora colaboradora, quando afirmou não
possuir criatividade suficiente para ensinar os seus alunos de forma mais
dinâmica. Vendo essa dificuldade e querendo colaborar com a professora titular
da sala, resolvi elaborar meu projeto nessa perspectiva, também pelo fato de
ser o ensino da arte de extrema importância na formação do ser humano.
Estudos já têm comprovado que o
ensino da arte oportuniza o desenvolvimento do pensar elaborado e do fazer
artístico, pois a arte possui uma característica única de dar sentido às
experiências pessoais. Ela envolve o indivíduo não só no fazer artístico como
também ensina a conhecer experiênciar e refletir sobre os objetos do cotidiano,
a natureza e as produções individuais e coletivas de determinadas épocas e
culturas. De acordo com o PCN de arte (1997, p. 19);
A educação em arte propicia o
desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam
um modo próprio de ordenar e dar sentido a experiência humana; o aluno
desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas
artística quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e
pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas.
Arte
é representação, desde os primórdios que a arte surgiu como uma necessidade,
quando o homem quis representar o seu espaço, seu cotidiano, ações, crenças e
costumes, registrando nas paredes através de desenhos instrumentos que
utilizavam no dia a dia. Essa educação tem ganhado bastante importância quando
se fala na formação adequada para a cidadania, ela imprime sua marca ao demandar um sujeito da aprendizagem
criador, propositor, reflexivo e inovador. Se hoje o aluno deve ser formado
para enfrentar situações incertas e para resistir às imposições de velocidade e
de fragmentação que caracterizam a contemporaneidade, a arte pode colaborar
bastante nessa formação.
É
o professor quem deve promover o fazer artístico, a reflexão sobre a arte, na
construção da identidade artística das crianças e adolescentes que freqüentam a
escola, os professores tem um papel de suma importância nesse processo e essa
colaboração é ainda maior quando se leva em conta os modos de aprendizagem dos
alunos, dedicando o tempo que for necessário para fornecer orientações e
conteúdos adequados para a formação em arte, e isso incluem tanto saberes
universal quanto os adquiridos no cotidiano.
A
proposta deste projeto visa trabalhar a realidade diagnosticada no estágio de
observação, onde foi possível detectar um nível elevado de dificuldade em
relação à arte, a ausência do teatro, da música e da dança, pois se percebe que
a arte não surge como proposta metodológica, ou seja, não faz parte da rotina
do professor e que o ambiente também não favorece a vivencia dos alunos com a
arte, com o mundo artístico.
Diante
dessas considerações, este trabalho no estágio supervisionado contribuirá para
proporcionar a professora colaboradora uma nova forma de educar. Para isso,
serão realizadas atividades artísticas e lúdicas mediadas pela
interdisciplinaridade, tendo dentre outros objetivos possibilitar construções
de saberes.
PROBLEMATIZAÇÃO
A
proposta metodológica explicitada aqui será desenvolvida na Escola Municipal
Francisco Francelino de Moura, na cidade de Patu – RN. O plano de trabalho
objetiva atender aos alunos do 5º anos do ensino fundamental, a qual é composta
por 25 alunos onde todos já praticam a leitura e a escrita tanto da
decodificação de símbolos como de números. As atividades realizadas pela
professora colaboradora estão sendo desenvolvidas de uma forma interdisciplinar.
Contudo percebe-se uma lacuna no que diz respeito os do ensino da arte. Sobre
este ponto surgem algumas interrogações em como amenizar esse problema. O que
fazer para se ensinar os conteúdos através da arte e com arte de forma
prazerosa?
Embasados
nessa realidade, no estágio supervisionado da docência, orientado por estes
questionamentos, o projeto irá abarcar as diversas áreas do conhecimento, como
português, matemática, história, geografia e ciências por intermédio da
educação artística e da interdisciplinaridade, o qual permeará todas as
atividades que serão desenvolvidas com os requisitos necessários ao processo de
aprendizagem. Segundo o PCN de arte (1997, p. 49):
A aprendizagem em
arte acompanha o processo de desenvolvimento geral da criança e do jovem desse
período, que observa que sua participação nas atividades do cotidiano social
estão envoltas nas regularidades, acordos, construções e leis que reconhece na
dinâmica social da comunidade à qual pertence, pelo fato de se perceber como
parte constitutiva desta.
É nessa perspectiva que o trabalho
esta sendo fundamentado, não para corrigir o trabalho da professora
colaboradora e sim como mais um subsídio que ira ajudar em sua prática
pedagógica.
O
trabalho com esse tema dentro de uma perspectiva interdisciplinar facilitará o
envolvimento das várias áreas do conhecimento, ofertando uma aprendizagem
gratificante e eficaz, tendo em vista que a aprendizagem significativa só
ocorre de fato quando há um relacionamento entre os conhecimentos. O trabalho
docente a partir da arte numa perspectiva interdisciplinar vem possibilitar
diversas situações de vivências.
É
de suma importância estabelecer novas formas de socialização e interação não só
com os conteúdos trabalhados na sala de aula, mas também com os colegas,
funcionários, professores e com o mundo, sendo esse um dos objetivos a serem
alcançados, pois o projeto será todo desenvolvido para ser trabalhado em equipe.
É nessa perspectiva que o trabalho irá ser desenvolvido, centrando a ação
docente no diálogo sobre os conteúdos, trocando saberes através de brincadeiras
educativas, repassando experiências, utilizando o universo da imaginação da
criança como meio de ensinar e aprender já que a arte “faz pensar sobre o
trabalho artístico que realiza.” (PCNs, 1997, p. 47)
Portanto
esse trabalho tem como suporte o ensino da arte numa perspectiva interdisciplinar,
como contribuição ao trabalho da professora colaboradora, contribuindo de forma
prática e prazerosa no desenvolvimento das crianças, possibilitando não só a
aprendizagem dos conteúdos mas também o desenvolvimento individual e coletivo
dos alunos e o relacionamento dos mesmos entre si e com os outros.
OBJETIVOS
Para que haja um planejamento organizado, se faz necessário
definir objetivos a serem alcançados. Será por meio dos objetivos aqui
elencados que os alunos poderão assimilar os conteúdos apresentados. A
definição tenciona proporcionar certo nível de aprendizagem aos alunos:
Objetivo Geral:
·
Oportunizar
condições necessárias ao processo de ensino aprendizagem por intermédio do
ensino da arte, levando em conta a proposta interdisciplinar que será
trabalhada.
Objetivos Específicos:
·
Utilizar
a arte como forma de mediar o ensino aprendizagem;
·
Desenvolver
o senso crítico do aluno;
·
Desenvolver
a capacidade de interpretar e produzir objetos como brinquedos de forma
artística;
·
Privilegiar
as construções e a criatividade dos próprios alunos no ambiente escolar.
REFERENCIAL TEÓRICO
A
proposta de trabalho que pretendo desenvolver terá como foco a
interdisciplinaridade, tendo em vista que essa postura tem sido bastante
discutida no meio acadêmico. Segundo os estudos de Ivani Fazenda, a teoria do
movimento interdisciplinar poderia ter sido dividido em três décadas de 70, 80
e 90. Na década de 70 houve uma procura da definição de interdisciplinaridade,
já na década de 80, as tentativas giravam em torno de explicitar um método, nos
anos 90, a grande busca se dava no âmbito das teorias, a famosa teoriazação do
método.
Apesar
de todo esforço para divulgar o método, nota-se no ambiente escolar certo
descaso, principalmente no ensino fundamental e médio. Os professores se dizem
interdisciplinares, porém nem se quer sabem explicar o conceito. Ela continua
sendo uma grande utopia para os educadores que estão em sala de aula, fazem até
algumas buscas didáticas, porém acabam desistindo, voltando assim para as
antigas rotinas escolares, isso quando nos referimos à grande massa de
professores, pois sabemos haver alguns trabalhos excelentes publicados de
experiências que deram certo.
Antes
de se tomar essa postura se faz necessário refletir sobre ela, pois é o que
norteará todo o projeto. Não basta se ter vontade de praticar a
interdisciplinaridade, é preciso um certo desejo político pedagógico que vai
além de discursos, Ivani fazenda aborda que:
(...) uma atitude
diante de alternativas para conhecer mais e melhor, atitude de espera ante os
atos consumados, atitude de reciprocidade que impele à troca, que impele ao
diálogo – ao diálogo com pares idênticos, com pares anônimos ou consigo mesmo –
atitude de humildade diante da limitação do próprio saber, atitude de
perplexidade ante a possibilidade de desvendar novos saberes, atitude de
desafio – desafio perante o novo, desafio em redimensionar o velho – atitude de
envolvimento e comprometimento com os e com as pessoas neles envolvidos,
atitude, pois, de compromisso em construir sempre da melhor forma possível,
atitude de responsabilidade, mas, sobretudo, de alegria, de revelação, de
encontro, enfim de vida. (FAZENDA, Ivani, 1988, p. 82)
Uma
postura interdisciplinar garante a atuação mediadora do professor que agirá
como um facilitador, buscando focalizar o interesse do aluno, facilitando o
acesso aos materiais evitando assim a desuniformidade das ações, pois, assuntos
compartimentados comprometem o processo interdisciplinar.
Só
podemos pensar na interdisciplinaridade quando se tem comprometimento, não
funciona com grupinhos de sujeitos isolados cuja preocupação é com o produto
final e não com o processo, algo que se vê nas avaliações de caráter
quantitativo. Muito já se disse acerca da
interdisciplinaridade. Entretanto, ainda não foi possível formalizar um conceito
capaz de unir epistemólogos, filósofos e educadores em torno de um consenso. E
será mesmo preciso tê-lo, no momento em que se constata, segundo Japiassú
(1996), que a ciência ou algumas teorias científicas renunciaram às
pretensões de totalidade e completude, e que a ciência busca a universalidade
da prática e não de uma teoria afirmada aprioristicamente. Identifica-se,
ainda, que a ciência já não é, em função do processo de disciplinarização, A
CIÊNCIA, mas as Ciências Humanas, Sociais, Exatas, da Terra, dentre outros; e já
não pretende absolutizar um conhecimento hegemônico. Neste contexto, a ciência
não pretende perder de vista a disciplinaridade, mas vislumbra a possibilidade de
um diálogo interdisciplinar, que aproxime os saberes específicos, oriundos dos
diversos campos do conhecimento, em uma fala compreensível, audível
aos diversos interlocutores.
CULMINÂNCIA
O
encerramento compreende o momento de socialização das construções efetivadas no
decorrer do projeto. A culminância permitirá apresentar aos alunos e a nós
mesmos os resultados dos trabalhos desenvolvidos durante os dez dias de
docência.
·
Reflexão;
·
Oração;
·
Roda de conversa
sobre as atividades realizadas durante as semanas de estágio;
·
Lançamento do
livro de artes;
·
Festinha de
encerramento.
9 – RECURSOS
Os
materiais didáticos são de fundamental importância para a execução da prática
docente, pois para uma aula ser interessante é preciso buscar diversas fontes
de ensino para motivar a aula.
Diante
disso, trabalharei com os seguintes recursos didáticos:
- Livro
didático;
- CDs;
- DVDs;
- Som;
- Cartazes;
- Livros
paradidáticos;
- Papelão;
- Lápis;
- EVA;
- TNT;
- Materiais
diversos: papel ofício, cartolina, papel madeira, lápis de cor, tesoura,
cola, etc.
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